Carlos Câmara
Carlos Torres Câmara nasceu em Fortaleza, no dia 3 de maio de 1881.
Filho de João Torres Câmara e Maria Sussuarana.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, na época da primeira reorganização, ocupando a cadeira número 9, cujo patrono era Tomás Lopes. Seu nome não foi incluído na segunda reorganização, fazendo parte do grupo dos “injustiçados”.
Exerceu funções administrativas na Secretaria da Fazenda, na Junta Comercial e um cargo técnico na Rede Viação Cearense. Foi eleito deputado estadual no período de 1909 a 1912.
Dirigiu, por mais de 25 anos, a Escola de Aprendizes-Artífices, em Fortaleza, e por pouco tempo, equivalentes escolas, em Sergipe e no Amazonas.
Poeta de muita sensibilidade e jornalista, colaborou com os jornais “A República”, no Ceará, “O Amazonas”, em Manaus e o “Diário da Manhã”, em Aracajú.
Seu maior destaque no mundo das letras se fez na área do teatro, considerado o maior comediógrafo cearense, “cujas peças foram repetidamente encenadas, sempre com extraordinário sucesso” (Otacílio de Azevedo).
Em 1918, fundou o afamado Grêmio Dramático Familiar, no Joaquim Távora, onde foram encenadas suas peças teatrais.
Pertencia à Academia de Letras do Ceará e à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
Faleceu em Fortaleza, no dia 11 de maio de 1939.
Obras principais (peças teatrais): A bailarina (1919); O casamento da Peraldiana (1919); O Zé Fidelis (1920); O Calu (1920); Alvorada (1921); Pecados da mocidade (1924); O Paraíso (1929); Os coriscos (1931)
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894.