Quintino Cunha
José Quintino da Cunha nasceu em Itapajé-CE, no dia 24 de julho de 1875.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, na época da primeira reorganização, ocupando a cadeira número 22, cujo patrono era o poeta Paula Nei. Foi esquecido na segunda reorganização do sodalício, compondo, assim, o denominado grupo dos “injustiçados”.
Bacharelou-se em 1909 pela Faculdade de Direito do Ceará, tendo exercido antes, como provisionado, a advocacia em Manaus. Foi deputado estadual no período de 1913 a 1914.
Orador brilhante, exercendo seu talento em comícios, nas festividades e na tribuna do Júri. Era um exímio repentista e, em decorrência deste atributo, muito enriqueceu o anedotário cearense.
Foi escritor, jornalista fluente e poeta. Nas palavras de Raimundo Girão “era poeta de lúcida inspiração: algumas de suas composições se tornaram populares, recitadas amiúde”. Colaborou com jornais do Ceará, do Norte e da capital da República.
Pertenceu ao Centro Literário e foi fundador do Grêmio de Letras de Belém.
Faleceu em Fortaleza, no dia 1º de junho de 1943.
Obras principais: Diferentes (contos) (1895); A morte de cabeleira (1902); Pelo Solimões (versos Norte-brasileiros) (1907); O estilo da Jurisprudência (tese) (1928); A pulga (poemeto) (1917).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras.