Florival Seraine
Florival Alves Seraine nasceu na cidade de Viseu, Pará, no dia 19 de abril de 1910.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 10 de maio de 1965, sendo saudado pelo acadêmico José Valdivino de Carvalho. Ocupou a vaga deixada por Henriqueta Galeno, cadeira número 23, cujo patrono é o poeta Juvenal Galeno. Ainda criança, veio morar no Ceará. Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1930. Especializou-se em Medicina Interna e Gastroenterologia no Rio de Janeiro, na Santa Casa de Misericórdia. Exerceu a Medicina do Piauí e no Maranhão. Instalando-se definitivamente em Fortaleza, no ano de 1936. Foi chefe do Serviço Médico do Instituto de Aposentadoria de Transportes e Cargas – IAPETEC e chefe de ambulatório do INPS. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu ao Exército, ocupando o posto de Primeiro-Tenente Médico. Exerceu o magistério superior como professor de Antropologia Cultural na Escola de Serviço Social, no Instituto de Antropologia e na Faculdade de Medicina da UFC. Deu curso de Folclore na Faculdade Católica de Filosofia do Ceará e de Linguística na Faculdade de Filosofia do Crato. Escritor, crítico literário e grande pesquisador do Folclore e da Linguística. Recebeu as seguintes condecorações e honrarias: título honorífico de Cidadão Cearense, pela Assembleia Legislativa do Estado; Medalha Vital Brasil, do governo de São Paulo; Medalha Nina Rodrigues e o diploma de Jubileu de Ouro da Profissão Médica, do Centro Médico Cearense. Foi sócio do Instituto do Ceará, da Associação Brasileira de Antropologia, da Associação Brasileira de Linguística, do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, do Instituto Cultural do Vale do Cariri, do Centro de Letras e Ciências de Sobral, além de inúmeras instituições nacionais e internacionais. Faleceu em Fortaleza, no dia 4 de janeiro de 1999. Obras principais: Panorama artístico da época colonial (1937); Cultura brasileira (1938); Estudos cearenses (1ª série) (1942); Através da literatura cearense (1948; 2ª ed. 1996); Ensaios de interpretação linguística (1954); Sobre o torém (1955); Dicionário de termos populares (registrados no Ceará) (1959; 2ª ed. 1991); Antologia do folclore cearense (1968; 2ª ed. 1983); A noiva do tempo (contos) (1976); Temas de linguagem e de folclore (1987); A vida e sonho (contos) (1993); Questões teóricas da cultura (estudos e ensaios) (1994). Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. AZEVEDO, Rubens de. Os 40 da Casa do Barão. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. |