JOSÉ DE ALENCAR

Posição Patrono
Categories: Cadeira 21, Patronos

José Martiniano de Alencar nasceu no Sítio Alagadiço Novo, em Messejana, Fortaleza-CE, no dia 1º. de maio de 1829.

Filho do Senador José Martiniano de Alencar e de Ana Josefina de Alencar.

Patrono da cadeira 21 da Academia Cearense de Letras.

Foi o criador do romance brasileiro, dramaturgo, advogado, político.

Aos dezessete anos, depois de concluir os estudos preparatórios, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, formando-se em 1850. No ano de 1848 fundou a Revista Ensaios Literários, da qual foi redator principal. Mudou-se em 1850 para a Capital do Império, onde abriu uma banca de advocacia.

Pouco depois, recebeu a nomeação de professor de Direito Mercantil, no Instituto Comercial. De 1851 a 1855, fez parte do corpo redacional do “Correio Mercantil”, sendo desse tempo, seus notáveis folhetins sob o título “Ao correr da pena”. Foi, também, colaborador do “Jornal do Comércio”.

Em outubro de 1855 passou a dirigir o “Diário do Rio de Janeiro”. Nomeado chefe de seção da Secretaria do Ministério da Justiça (1859). Foi eleito para a Câmara Geral em 1860, bem como nos anos de 1869, 1872 e 1877.

Registra Guilherme Studart, “comemorando em 1883 o falecimento do notável cearense, escreveu Capistrano de Abreu na Revista do Centro Literário e Científico José de Alencar. Ninguém melhor que ele teve a intuição da vida colonial; há páginas do Guarani e das Minas de Prata que valem por longas monografias. Foi também ele quem primeiro manifestou as tendências modernas, e o que há de bom e natural no estilo dos escritores também atuais é de seu exemplo que deriva”.

É o patrono da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, escolhido por Machado de Assis.

Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 1877, aos 48 anos de idade.

Principais obras publicadas: Romances: Cinco minutos (1856); A viuvinha (1857); O Guarani (1857); Lucíola (1862); Diva (1864); Iracema (1865); As minas de prata (1865); O Gaúcho (1870); A pata da gazela (1870); O tronco do ipê (1871); Sonhos de ouro (1872); Guerra dos mascates (1873); Alfarrábios (1973); Ubirajara (1874); Senhora (1875); O Sertanejo (1875); Til (1875); Encarnação (1893). Teatro: O demônio familiar, comédia em 4 atos (1857); Verso e Reverso, comédia em 2 atos (1857); A noite de S. João, comédia lírica em 2 atos; As azas de um anjo, comédia em um prólogo, 4 atos e um epílogo (1860): O Jesuíta, drama em 4 atos (1875).

Fonte: STUDART, Guilherme. Dicionário biobibliográfico cearense. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894.

https://www.academia.org.br/academicos/jose-de-alencar/biografia