Álvaro Dias Martins nasceu em Trairi-CE, no dia 04 de abril de 1863.

Filho de Antônio Dias Martins e Teresa Dias Martins.

Era irmão de Antônio Martins, um dos Poetas da Abolição.

Patrono da cadeira 2 da Academia Cearense de Letras.

Mudou-se para Fortaleza em 1897, onde trabalhou como caixeiro viajante. Foi morar no Rio de Janeiro, em 1885, onde exerceu a atividade jornalística, colaborando com o jornal abolicionista “Cidade do Rio”, e no republicano “Gazeta Nacional”.

Retornou ao Ceará em 1888, por razões de saúde. Foi o fundador do Clube Republicano e seu presidente. Foi um dos organizadores do Centro Republicano, em junho de 1889. A partir de 1901, começou a lecionar no Liceu do Ceará. Exerceu as funções de funcionário aduaneiro e promotor de justiça em Canindé-CE.

Escreveu para o jornal “Libertador”, onde mantinha a seção “Curvas e Retas”.

Álvaro Martins ou Alvarins, foi um dos fundadores da Padaria Espiritual, onde utilizava o pseudônimo de “Policarpo Estouro”. Fora expulso por hostilizar o grêmio cultural, ao considerar que a Padaria Espiritual estava fugindo de seus propósitos iniciais.

Foi também um dos fundadores do Centro Literário.

Atesta o acadêmico Batista de Lima sobre seu patrono, no livro Nossos Patronos/ Academia Cearense de Letras, vol. 1, p. 15: “Poeta aplaudido no seu tempo, Álvaro Martins transitava entre o verso popular, com linguagem sertaneja, e o soneto parnasiano de pura lavra.”

Obras principais: Pescadores da Taíba (1895); Capela Milagrosa  (notas e impressões) (1898); Agonia suprema (1901); Casa mal assombrada (1903); Comemorando o tricentenário do Ceará (1903). Para o teatro, escreveu as seguintes peças, encenadas em Fortaleza: Belecho; Lopes Weiga e Cia. (1898); Me ceda (1903).

Faleceu em Fortaleza, no 30 de junho de 1906.

Fonte: AMORA, Manoel Albano. Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica. STUDART, Guilherme. Dicionário biobibliográfico cearense. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. Nossos Patronos/ Academia Cearense de Letras. Org. por Madalena Figueiredo (2021)