Monte Arraes
Raimundo de Monte Arraes nasceu em Assaré-CE, no dia 21 de julho de 1888.
Filho de Nicolau Alexandre Arrais e Maria Brasilina Arrais.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 21 de maio de 1930, quando da segunda reorganização do sodalício, ocupando a cadeira número 38, cujo patrono, à época, era Tomás Pompeu de Sousa Brasil.
Representou a ACL junto à Federação das Academias de Letras do Brasil, na qual foi presidente em 1941.
Bacharel em Direito, advogou por algum tempo no interior do Ceará, mas dedicou-se ao jornalismo e à política. Iniciou com João Brígido no jornal “Unitário”. Foi redator, diretor e fundador do “Jornal do Comércio”; diretor e proprietário de “A Razão” e diretor e redator do “Diário do Estado”. Em Aracati, colaborou com “O Tempo”. No Rio de Janeiro, foi colaborador dos jornais “A Manhã”, “Jornal do Comércio” e “O País”. Em Porto Alegre, colaborou no jornal “A Federação”.
Foi deputado estadual, presidente da Comissão Central da Aliança Liberal e secretário da Agricultura na gestão do interventor Fernandes Távora. Elegeu-se deputado federal em 1934. Transferiu o domicílio para o Rio de Janeiro, onde foi notário público.
É patrono de uma das cadeiras da Academia Cearense de Retórica.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 3 de outubro de 1965.
Obras principais: O Rio Grande do Sul e suas instituições governamentais; Habeas corpus e a autonomia municipal (1918); Do poder do estado e dos órgãos governativos (1935); O Brasil e os regimes ocidentais (1937); Terra redimida (1937); O Nordeste sob o prisma da sua realidade (1939); Ideias e sentimentos de Viriato Vargas (1945); Cidadão de dois mundos (Rui Barbosa numa síntese interpretativa) (1952); O espírito inventivo e as tendências imitativas do povo brasileiro; Decadência e redenção do Nordeste (1962).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. GIRÃO. A Academia de 1894.