ÁLVARO DE ALENCAR
Álvaro Gurgel de Alencar nasceu em Icó-CE, no dia 10 de janeiro de 1861.
Filho do dr. Rufino Antunes de Alencar e Quitéria Dulcineia Gurgel de Alencar.
Foi um dos fundadores da Academia Cearense de Letras, comparecendo à sessão de fundação da Academia Cearense, em 15 de agosto de 1894. Participou da segunda fase da Academia Cearense de Letras, ocupando a cadeira 17, cujo patrono era José Avelino. Na reorganização de 1930, não foi convidado para compor o sodalício.
Cursou o Liceu do Ceará. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1885.
Pertenceu a várias sociedades emancipadoras, como a Caixa Emancipadora Pedro Pereira e Clube Abolicionista (Recife), Clube Abolicionista (Goiana), Messejanense Libertadora e Sociedade das Messejanenses Libertadoras (Messejana).
No Ceará, exerceu as funções de promotor de justiça nas comarcas de Quixeramobim e Viçosa; foi juiz municipal dos termos reunidos de Granja, Camocim e Palma; juiz de direito de Granja, S. Francisco, Quixadá e Pacatuba; desembargador do Tribunal da Relação, cargo este em que permaneceu durante doze anos.
Fez parte do corpo docente da Faculdade Livre de Direito do Ceará, na qualidade de professor de Legislação Comparada. Foi jurista e historiador de renome.
Colaborou com o “Ceará Ilustrado” e a “Revista da Academia Cearense”.
Membro do Instituto do Ceará, foi admitido em 20 de setembro de 1915.
Faleceu em Fortaleza, no dia 2 de julho de 1945, ocasião em que ocupava o cargo de vice-presidente do Instituto do Ceará.
Obras principais: Traços biográficos do bacharel Pedro Pereira da Silva Guimarães (1885); Apontamentos para a notícia da comarca de Viçosa (1888); Sentença de sustentação de não pronúncia (1903); Dicionário geográfico, histórico e descritivo do Estado do Ceará (1903); Memória histórica do ano de 1906 (alusiva à Faculdade de Direito).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. AMORA, Manoel Albano. Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894.
Obs. A data do falecimento acima consta na Revista do Instituto do Ceará, embora as demais fontes citadas, por equívoco, tenham referido como sendo 12 de julho.