ANTÔNIO AUGUSTO

Posição FUNDADOR/PATRONO
Categories: Cadeira 3, Cadeira 4, Fundadores, GALERIA DE ACADÊMICOS, Patronos

Antônio Augusto de Vasconcelos nasceu em Maranguape-CE, no dia 23 de dezembro de 1852.

Filho de Justino Augusto de Vasconcelos e Francisca Cândida de Vasconcelos.

Foi um dos fundadores da Academia Cearense de Letras, comparecendo à sessão inaugural de 15 de agosto de 1894. Pediu o afastamento do sodalício um ano após sua fundação, voltando a fazer parte do mesmo na reforma de 1922. Na reorganização de 1930, foi escolhido patrono da cadeira 4. Em 1951, passou a ser o patrono da cadeira 3.

Cursou o Seminário Diocesano de Fortaleza, abandonando-o em 1874. Matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, bacharelando-se em 5 de novembro de 1880. Em Recife, manteve com os seus colegas Gil Amora, Virgílio Brígido, Pedro de Queiróz, Tarquínio de Sousa Filho e José Augusto de Sousa Amaranto, a revista “Ensaio Jurídico e Literário”.

Voltando ao Ceará, exerceu os cargos de promotor de justiça em Canindé e Granja; foi juiz municipal de Aracati e Pereiro, deixando em todas essas localidades traços da sua passagem, com a fundação de gabinetes de leitura e escolas. Ainda em Granja, fundou o jornal “O Granjense”. Pregava a causa abolicionista.

Desistindo da magistratura, entregou-se ao magistério público e particular, lecionando História na Escola Militar do Ceará (1889). Depois, ensinou Geografia no Liceu do Ceará (1897 a 1898). Dirigiu a Biblioteca Pública do Estado (1887).

Em colaboração com o padre José Salazar da Cunha, criou e dirigiu o Instituto de Humanidades, em 1892.

Teve assento como deputado na Assembleia Legislativa. Foi um dos mais ardorosos defensores da ideia da fundação da Faculdade de Direito do Ceará, criada em 1903, nele ocupando a cátedra de Filosofia do Direito. Fundou, ainda, a Faculdade de Letras, em 1913, com Epaminondas da Frota e Soriano de Albuquerque.

Foi um dos fundadores do Instituto do Ceará, em 1887.

Dirigiu a “Revista Galeria Cearense” e colaborou nos jornais “O Ceará” e “A Verdade”.

Faleceu em Fortaleza, no dia 10 de março de 1930.

Obras principais: Município de Pereiro (1880); Abuso de imposto; A evolução do passado; Apontamentos biográficos do Dr. Moura Brasil; Juízo crítico sobre o dicionário geográfico e histórico das campanhas do Uruguai e Paraguai, pelo General Leite de Castro; Cristo no júri.

Fonte: STUDART, Guilherme. Dicionário biobibliográfico cearense. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. VALDEZ, Alba. No centenário do dr. Antônio Augusto de Vasconcelos. Revista do Instituto do Ceará. p. 315-320. (http://institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1953/1953-CentenarioAntonioAugustoVasconcelos.pdf)