Antônio Bezerra de Menezes nasceu em Quixeramobim-CE, no dia 21 de fevereiro de 1841.

Filho do Dr. Manuel Soares da Silva Bezerra e Maria Teresa de Albuquerque Bezerra.

Foi um dos fundadores da Academia Cearense de Letras, tendo assinado o livro de atas da sessão de 15 de agosto de 1894. É o patrono da cadeira número 4.

Desejoso de seguir a carreira eclesiástica, matriculou-se no Seminário de Fortaleza, abandonando-o e viajando para São Paulo, a fim de cursar a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, cujos estudos não concluiu. Retornando ao Ceará, em 1870, se tornou alto funcionário do Tesouro Provincial.

Foi poeta, cronista, jornalista, historiador e  grande defensor da causa abolicionista, sendo considerado um dos três Poetas da Abolição, ao lado de Justiniano de Serpa e Antônio Dias Martins, com quem publicou “Três Liras”, cabendo-lhe a parte “Lampejas”.

Colaborou na imprensa cearense, versando acerca de assuntos literários.

Aposentado, foi residir no Amazonas, em 1896, onde dirigiu o Museu de Manaus e foi redator do jornal “Pátria”.

Foi um dos fundadores do Instituto do Ceará e do Centro Literário.

Pertenceu à Padaria Espiritual, utilizando o pseudônimo de André Carnaúba.

Antônio Bezerra foi considerado, por Andrade Furtado, “O Cearense Padrão”.

Faleceu em Fortaleza, no dia 28 de agosto de 1921.

Obras principais: Sonhos de moço (versos) (1872); Três liras (poesias, com Antônio Martins e Justiniano de Serpa, considerados os Poetas da Abolição) (1883); Maranguape – Notas de viagem (1885); Horas de recreio (folhetins) (1886); Descrição da cidade de Fortaleza (1895); Província do Ceará; O Ceará e os cearenses (1906); Algumas origens do Ceará (1918); Porangaba; As praias.

Fonte: STUDART, Guilherme. Dicionário biobibliográfico cearense. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. AMORA, Manoel Albano. A Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica.