Antônio Martins Filho

Posição Ocupante da Cadeira 3
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Antônio Martins Filho nasceu em Crato-CE, no dia 22 de dezembro de 1904.

Ingressou na Academia Cearense Letras no dia 15 de agosto de 1951, sendo saudado pelo acadêmico Andrade Furtado. Foi eleito presidente da entidade para o período de 1963/64 e presidente de honra de 1967 até a sua morte. Ocupou a cadeira número 3, cujo patrono é Antônio Augusto.

Bacharel pela Faculdade de Direito e Ciências Sociais do Piauí (1936). Doutor em Direito pela Faculdade de Direito do Ceará (1944). Foi comerciante, advogado, professor de Economia Política (Liceu do Ceará e Faculdade de Ciências Econômicas) e professor catedrático de Direito Comercial da UFC.

Fundou e foi o primeiro reitor das Universidades Federal do Ceará, Estadual do Ceará e Regional do Cariri. Reitor agregado da UFC. Membro do Conselho Federal de Educação pelo período de treze anos, quando prestou um notável serviço ao ensino superior do Brasil.

Escritor com vasta obra no campo do Direito e da Literatura. Grande amante da poesia, costumava dizer: “Na cronologia das Belas-Letras a poesia representa o pólen de ouro da vida; é a eterna floração das coisas belas”.

Na juventude foi poeta, tendo colaborado intensamente com os jornais da cidade de Crato (“O Paladino” e “A Classe”). Editou mais de 400 livros pelos Programa Editorial da Casa José de Alencar, Editora Fortaleza e Instituto do Ceará. Publicou, pelo período de dez anos, a revista Valor.

Recebeu inúmeras condecorações nacionais, entre elas: do Pacificador, do Mérito Naval, Santos Dumont, da Ordem Nacional do Mérito Educativo, da Abolição e Justiniano de Serpa; e estrangeiras: Gran Cruz da Ordem do Mérito, República Federal da Alemanha; Placa da Hispanidad, Espanha; Ordem do Mérito da República da Itália; e Palmas Acadêmicas, da França.

Pelo trabalho na área da educação recebeu muitos títulos honoríficos (Doutor e Professor Honoris Causa) e cidadanias honorárias.

Foi membro, presidente e presidente de honra do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico).

Faleceu em Fortaleza, no dia 20 de dezembro de 2002.

Obras principais: O Ceará (em colaboração com Raimundo Girão), (1ª edição: 1939; 2ª ed., 1945 e 3ª ed., 1966); Noções de Economia Política (1942); A província do Ceará e a independência nacional (1943); Disciplina jurídica do comércio aéreo (1944); Da liquidez do título de crédito na falência (1945); Uma universidade para o Ceará (1949); Autonomia das universidades federais (1961); O universal pelo regional (1965); Conquista do espaço aéreo (1973); Rui, o artista (1973); A presença da poesia no mundo dos negócios (1978); O outro lado da história (1983); Reflexões sobre Augusto dos Anjos (1987); Memórias (quatro volumes, 1991, 1993, 1994 e 1997); História abreviada da UFC (1996).

Fonte: MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. AMORA, Manoel Albano. A Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica.