Beni Carvalho
Benedito Augusto Carvalho dos Santos (Beni Carvalho) nasceu em Aracati-CE, no dia 3 de janeiro de 1886.
Filho de Benedito Augusto dos Santos e Maria Ermelinda Carvalho dos Santos.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, por ocasião da primeira reorganização, ocupando a cadeira número 30, cujo patrono era Alberto Nepomuceno. Na segunda reorganização, ocorrida em 1930, passou para cadeira número 39, que tem por patrono Ulisses Pennafort.
Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife, foi professor catedrático da Faculdade de Direito do Ceará e professor do Colégio Militar de Fortaleza, transferido posteriormente para o Rio de Janeiro, tendo chegado ao generalato.
Como político, assumiu os seguintes cargos: vice-presidente do estado, deputado federal, interventor federal no Ceará e membro do Conselho Nacional de Educação. Foi filólogo, prosador e autor de excelentes composições poéticas.
Antônio Sales referia que o convívio das musas havia conferido ao poeta “o dom da forma, o entusiasmo lírico e o segredo das belas imagens”.
Foi representante da ACL na Federação das Academias de Letras do Brasil.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de janeiro de 1959.
Obras principais: Causas dirimentes e flagrante delito (1917); Morfologia e sintaxe do substantivo português (1920); Le Droit et la Sociologie (1920); Na Casa de Tiradentes (1931); De florete e luvas (1935); Sexualidade anômala no Direito Criminal (1937); Chama extinta (poesias) (1937); Ação parlamentar (1950); Crime contra a religião, os costumes e a família.
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894.