Carlos Studart Filho
Carlos Studart Filho nasceu em Fortaleza-CE, no dia 17 de junho de 1896.
Ingressou na Academia Cearense de Letras na reorganização de 1930, ocupou a cadeira número 29, cujo patrono é Paulino Nogueira.
Em várias ocasiões, participou da diretoria da ACL como diretor de publicidade e vice-presidente.
Doutor pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1918, após apresentar a tese “Contribuição ao estudo do apêndice íleo-cecal”, que mereceu o prêmio Gunning. Especializou-se em Urologia e Proctologia, clinicando nas cidades de Manaus e Rio de Janeiro.
Fez concurso para o Corpo de Saúde do Exército (1919), servindo nos hospitais de sangue do Rio de Janeiro (1932) e foi diretor de enfermaria do Hospital Geral de Fortaleza e do Hospital Militar de Pernambuco. No magistério do Exército, ensinou História e Geografia nos Colégios Militares do Rio de Janeiro e Fortaleza e nas escolas Preparatórias de Cadetes de São Paulo e de Fortaleza, sendo que em suas ocasiões comandou essa última escola. Promovido a general de brigada, reformou-se, em 1955, como general de divisão. Foi também professor da Escola Normal de Fortaleza.
Foi historiador, geógrafo, indianista, ensaísta e crítico literário. Sua produção científica e literária atingiu um total de 186 publicações.
Honrarias recebidas: Medalha da Abolição, José de Alencar, Proclamação da República, Cultural da UFC, Marechal Hermes, Barão de Studart e Militar dos Bons Serviços. Membro do Conselho Estadual de Cultura.
Foi membro do Instituto do Ceará, tomando posse em 27 de setembro de 1928, e seu presidente (1968 a 1982).
Membro da Academia Brasileira de História, do Instituto Genealógico Brasileiro, da Sociedade Brasileira de Geografia e da Associação Brasileira de Imprensa.
Faleceu em Fortaleza, no dia 6 de abril de 1982.
Obras principais: Uso dos metais na América pré-Histórica (1924); Notas para a história das fortificações no Ceará (1937); As tribos indígenas do Ceará (1939 e 1945); Estudos de história seiscentista (1958); As famílias Studart e Pereira (1960); Aborígenes do Ceará (1966); Páginas de História e Pré-História (1966); Artigos de Podestá Ribeiro (1967); Artigos médicos: Educação física (1929); A determinação dos sexos (1929); Um problema de nosologia histórica (1933); Enfermidades e a média de vida entre os homens primitivos (1956); O plâncton e sua importância na alimentação humana (1955).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos.