Cláudio Martins
Cláudio Martins nasceu na cidade de Barbalha-CE, no dia 10 de maio de 1910.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 10 de janeiro de 1969, na vaga deixada por Cursino Belém de Figueiredo, ocasião em que foi saudado pelo poeta Otacílio Colares. Ocupou a cadeira número 31, cujo patrono é o filósofo Farias Brito. Foi eleito presidente da Academia em 1975, tendo permanecido na direção do sodalício até 1992. Teve uma gestão profícua, dando um grande impulso aos programas culturais da entidade. Graças à sua iniciativa, o Palácio da Luz passou a ser a sede da Academia Cearense de Letras. Bacharel pela Faculdade de Direito do Ceará, em 1937, foi notário público, professor das Faculdades de Direito e Ciências Econômicas da UFC. Especialista em Elementos de Finanças e Legislação Fiscal, participou de vários governos como titular das Secretarias Estaduais de Administração, de Educação e da Fazenda. Membro e presidente do Conselho Estadual de Educação do Ceará. Pertenceu ao Grupo Clã. Recebeu várias honrarias, dentre elas: Medalha José de Alencar, Troféu Sereia de Ouro, Medalha Amigo da Marinha, Medalha Thomaz Pompeu, Medalha Justiniano de Serpa, Medalha Jubileu de Prata, Título de Cidadão do Crato, medalha da Abolição. Nas palavras de Raimundo Girão: “Mistura bem dosada de homem pragmático e idealista. O patrimônio material que pôde juntar não o desviou das atitudes da solidariedade humana, que as tem em silêncio, do cultivo das Belas Letras e dos estudos jurídicos, de modo especial o Direito Financeiro, no qual se tornou autoridade.” Foi membro do Instituto do Ceará e de várias entidades culturais: Associação Brasileira de Direito Financeiro, Associação Cearense de Imprensa, International Fiscal Association, Academia Sobralense de Estudos e Letras, Academia Sergipana de Letras, Academia Paranaense de Letras. Instituto Cultural Vale Caririense, Academia Cearense de Letras Jurídicas, Academia Cearense de Medicina, Academia Carioca de Letras. Faleceu em Fortaleza, no dia 17 de junho de 1995. Obras principais: Poemas (1962); 30 poemas para ajudar (1969), em parceria com Antônio Girão Barroso e Otacílio Colares; Viagem no arco-íris (1974), em parceria com Milton Dias; Metamorfose (1977) (poesia); Sonetos e trovas (1981); Sonetos descartáveis (1983); Rimas sem rumo (1986); Rimas presas (1986); Rimas ao acaso(1988); Reincidência – de Beaudelaire a Petrarca (1991); Vaivém (sonetos e trovas) (1991); Teimosice (1994); Jurídicas: Elementos de Finanças e de Legislação Fiscal (1ª ed. 1942 e 2ª ed. 1944); Normas gerais do Direito Tributário (1969); Introdução ao Estudo das Finanças Públicas (1970); Direito Notarial (1974). Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. |