Cruz Filho
José da Cruz Filho nasceu na cidade de Canindé-CE, no dia 16 de outubro de 1884.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922 (primeira reorganização), ocupando a cadeira número 27, cujo patrono era Rocha Lima. Com as subsequentes reorganizações, ocupou as cadeiras 7 (1930) e 39 (1951), tendo como patrono o escritor Araripe Júnior.
Dedicou-se ao magistério como professor de Português e Literatura no Liceu do Ceará e ocupou os cargos públicos de inspetor escolar regional, oficial de gabinete do presidente Justiniano de Serpa, diretor geral da Secretaria do Interior e da Justiça e secretário da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará.
Poeta parnasiano, apresentava uma poesia burilada, polida e abundante. Possuidor de grande cultura, era perfeccionista, com grande precisão de forma e, frequentemente, refundia seus poemas, mesmo os já publicados.
Antônio Sales dizia que Cruz Filho era “de uma excessiva exigência consigo mesmo, cada dia diminui o número das composições que devem formar seu livro de estreia”.
Fundou o jornal literário “Canindé”, o primeiro em sua cidade natal. Colaborou no “Correio de Canindé” e na “Imprensa”, onde foi redator e publicava seus versos, sob o pseudônimo Caio Flávio.
Crítico literário, contista e historiador, colaborou com jornais e revistas do Ceará e de outros estados do Brasil. Em 1963, foi eleito Príncipe dos Poetas Cearenses.
Faleceu em Fortaleza, no dia 29 de agosto de 1974.
Obras principais: Poemas dos belos dias (1924); Síntese da História do Ceará (1931); Poesia (seleção) (1949); O soneto (Monografia) (1961); Toda a musa (1965); Histórias de Trancoso (contos) (1971); Poemas escolhidos (1986); História do Ceará (resumo didático) (1987)
Fonte: MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. AMORA, Manoel Albano. A Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica.