Jáder de Carvalho
Jáder Moreira de Carvalho nasceu na Serra do Estevão, município de Quixadá-CE, no dia 29 de dezembro de 1901.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 21 de maio de 1930, por ocasião da segunda reorganização. Ocupou a cadeira número 15. Posteriormente, ocupou a cadeira número 14, cujo patrono é Capistrano de Abreu.
Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Ceará, em 1931. Foi professor de História do Colégio Estadual do Ceará e assessor jurídico do Conselho de Assistência Técnica aos Municípios.
Jornalista brilhante e polêmico, trabalhou no jornal “Diário do Povo” e fundou o jornal “A Esquerda”.
Poeta telúrico de grande sensibilidade, tinha uma poesia arrebatada e comovedora. Foi um dos iniciadores do movimento modernista no Ceará, em 1927, com o livro “O canto novo da raça”, publicado em conjunto com Franklin Nascimento, Sidney Neto e Mozart Firmeza.
Foi também ensaísta e romancista de cunho social, inaugurando no Ceará o chamado “romance da classe média”, de fundo reivindicante.
Pertenceu ao Instituto do Nordeste e à Sociedade Brasileira de Sociologia.
Honrarias: recebeu a Medalha da Abolição – a mais alta condecoração do estado – em maio de 1982.
Faleceu na cidade de Fortaleza, no dia 7 de agosto de 1985.
Obras principais: Poesias: O canto novo da raça (1927); Terra de ninguém (1931); Água da fonte (1966); Toda a poesia (1973); Alma em trovas (1974); Terra bárbara, publicada pelo Programa Editorial da Casa José de Alencar, em 1998. Além de ensaios sociológicos publicou os romances: Classe média (1937); Doutor Geraldo (1937); A criança vive (1945); Eu quero o sol (1946); Sua majestade o juiz (1962); Aldeota (1963).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras.