João Brígido dos Santos nasceu na vila de S. João da Barra, então da Província do Espírito Santo, no dia 3 de dezembro de 1829.

Filho de Inácio Brígido dos Santos e Vicência Rolim dos Santos.

Patrono da cadeira 14 da Academia Cearense de Letras.

Veio com os pais para o Ceará com apenas um ano de idade, indo residir no lcó, que se passou para S. Mateus (hoje Jucás), Quixeramobim, Barbalha e Crato.

Fixando-se no Crato, exerceu a advocacia, começando a sua tumultuosa jornada de imprensa, fundando e dirigindo a folha “O Araripe” (1855).

Enviava para o “Cearense”, de Fortaleza, as suas crônicas e os seus comentários, sob o pseudônimo de KKK, bem como para o “Sete de Setembro” e o “Juiz do Povo”, jornais panfletários do padre Cerbelon Verdeixa.

Em março de 1861, submetendo-se a concurso, foi nomeado professor de Português do Liceu, aposentando-se em 1881. Desde que chegou a Fortaleza, foi redator, sucessivamente, da “Fraternidade”, órgão maçônico, “Gazeta da Noite”, “Martim Soares” e “Estado do Ceará”. Colaborou no “Libertador” e na “A República”. Fundou, em 1903, o “Unitário”, ganhando a reputação de o maior jornalista do norte do Brasil.

Foi deputado provincial (1864-1867), deputado geral (1878-1881), senador do Estado (1892) e deputado estadual (1893 a 1894).

Faleceu em 14 de outubro de 1921.

Obras principais: A Fortaleza de 1810 (1882); Miscelânea Histórica (1889); O Ceará – Lado cômico (1899); O Príncipe Gastão d’Orleans – o Conde d’Eu (1899); Efemérides (1900); Ceará- Homens e Fatos (1919).

Fonte: GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. NOBRE, F. Silva. 1001 cearenses notáveis.