José Alves Fernandes
José Alves Fernandes nasceu na cidade de Aracoiaba-CE, no dia 21 de outubro de 1930.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 21 de outubro de 2009, sendo saudado pela acadêmica Noemi Elisa Aderaldo. Ocupou a cadeira número 29, na vaga pelo falecimento do poeta José Costa Matos, cujo patrono é o historiador Paulino Nogueira.
Fez o curso de nível médio no Seminário Diocesano de Fortaleza (1944-1951); bacharelou-se em Letras Clássicas na Faculdade Católica de Filosofia do Ceará (1953) e em Direito na UFC, em 1960; fez licenciatura em Letras Clássicas, Português, Latim e Grego na Faculdade de Filosofia do Ceará, agregada à UFC, em 1962.
Na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro recebeu o título de mestre, em 1978 e de doutor, em 1980. Participou de inúmeros cursos de curta duração sobre temas de sua especialidade nos Centros de Cultura Portuguesa, Italiana e Alemã da UFC, na Universidade de Coimbra, Portugal e no Instituto de Língua Galega, Universidade de Santiago de Compostela, Espanha.
Dedicou-se ao magistério, iniciando com o ensino de línguas em estabelecimentos particulares (Ginásio Santa Lúcia, Lourenço Filho, 7 de Setembro, Colégio Justiniano de Serpa e Liceu do Ceará). Ingressou na Universidade Federal do Ceará como professor assistente, em 1963, e atingiu o cargo de professor titular por concurso, em 1984. Professor emérito da UFC, em 1996. Foi também professor visitante da Universidade do Vale do Acaraú, 1998/2002 e da Universidade de Fortaleza. Exerceu vários cargos administrativos ligados à educação. Escritor, professor, pesquisador, com intensa participação como conferencista em congressos e simpósios nacionais e internacionais.
Recebeu as seguintes honrarias: Diploma de Cavaleiro – Benemérito da Ordem da Literatura de Cordel do Jornal Brasil Poético, Salvador, Bahia e a Medalha José Mindlin, da Associação Brasileira de Bibliófilos, 2008.
Membro da Academia Cearense de Língua Portuguesa da qual foi presidente no período de 1990 a 1992. Membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste, da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos e da Associação Brasileira de Bibliófilos.
Faleceu em Fortaleza, no dia 17 de maio de 2012.
Também é vasta sua produção científica com trabalhos publicados na Revista da Academia Cearense de Língua Portuguesa, Tempo Brasileiro, Revista de Letras da UFC, Revista de Cultura, Ciência e Tecnologia da UVA e GELNE; nas antologias: Bilíngue de Escritores Latinos e Panorama Literário da Academia Cearense de Letras.
Obras principais: A Linguagem em Pápi Júnior em “O Simas” (estudo crítico) (1975); Patativa do Assaré. Cante lá que eu canto cá (1978); Notas de Português de Felinto e Odorico; A linguagem de José Albano; A palavra “Bobo”, seus sinônimos e termos afins a partir da obra homônima de Alexandre Herculano; Estudo sobre “A demanda do Santo Graal”; Dicionário de expressões opcionais; Dicionário Cronológico da Língua Portuguesa.
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras: História e Acadêmicos.