José Lino da Justa
José Lino da Justa nasceu em Pacatuba-CE, no dia 23 de setembro de 1863.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, por ocasião da primeira reorganização, ocupando a cadeira número 15, cujo patrono era, na época, Antônio Martins. Não foi convidado para participar da reorganização de 1930, fazendo parte do grupo dos “injustiçados”.
Médico e farmacêutico, era formado pela Faculdade de Medicina da Bahia (1889). Como estudante, escreveu na “Gazeta da Tarde” e foi secretário do Clube Acadêmico Abolicionista 24 de Maio, em Salvador. Exerceu a profissão de médico no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Fortaleza. Foi diretor da Inspetoria de Higiene do Ceará.
Político militante, foi deputado estadual e federal, secretário do Interior do governo do interventor Setembrino de Carvalho, chefe de polícia e presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (1922-1923). Participou da fundação do Centro Médico Cearense.
Colaborou em jornais do Ceará e de outros estados: “O Norte”, “Diário do Ceará”, “Galeria Cearense”, “Horizonte Gráfico”, “A República”, dentre outros.
Em 1922, foi fundador e presidente da Associação Cearense de Imprensa.
Foi membro do Instituto do Ceará e do Centro Literário.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1952.
Obras principais: Etiologia e profilaxia do cólera-morbus (tese de doutoramento) (1889); Conselho ao povo. A varíola e sua profilaxia (1897); Saneamento da capital do Ceará (1899); Relatório(s) da Inspetoria de Higiene, 1897 a 1900; Dom Pedro II e o Ceará (1906); Em torno da Conferência de Haia (1908); Discurso inaugural do Centro Médico Cearense (1913); Centenário da Independência (1922); Reminiscências acadêmicas; Moura Brasil (1929).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos.