Leonardo Mota
Leonardo Ferreira Mota (Leota) nasceu em Pedra Branca-CE, no dia 10 de maio de 1891.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, tendo ocupado a cadeira número 32, cujo patrono era Franklin Távora. Seu nome foi injustamente esquecido na reorganização ocorrida em 1930. Foi reeleito para ACL em 4 de julho de 1937, para preencher a vaga deixada por José Sombra Filho, cadeira número 28, cujo patrono era Oto de Alencar. Tomou posse no ano seguinte, ocasião em que foi recepcionado pelo acadêmico Dolor Barreira.
Na primeira reorganização da ACL, Leonardo Mota foi o principal auxiliar do presidente Justiniano de Serpa.
Fez os estudos preparatórios no Liceu do Ceará. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1916. Foi notário público, professor, conferencista, cronista de rádio e jornalista.
No jornalismo, fundou em Ipu, a “Gazeta do Sertão”. Em Fortaleza, trabalhou como redator do “Correio do Ceará” e diretor da “Gazeta Oficial”.
Considerado o “príncipe dos folcloristas nacionais” é, no dizer de Raimundo Girão, “o mineiro descobridor de filões exuberantes de ouro e das pepitas riquíssimas da poesia matuta, até ali anônima, vivendo de boca em boca mas sem os nomes dos donos”.
Foi poeta, cujos poemas ficaram pouco conhecidos em virtude de sua paixão pelo folclore.
Foi membro do Instituto do Ceará.
Faleceu em Fortaleza, no dia 2 de janeiro de 1948.
Obras principais: Cantadores (1921); Violeiros do Norte (Prêmio da Academia Brasileira de Letras) (1925); Sertão alegre (1928); No tempo de Lampião (1930); Prosa vadia (1932); A Padaria Espiritual (1938); História eclesiástica do Ceará (inacabado) e Adagiário brasileiro (1982) (seus livros tiveram várias edições).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. GIRÃO. A Academia de 1894.