José Carlos Matos Peixoto nasceu em Iguatu-CE, no dia 12 de março de 1884.

Filho de Miguel da Silva Peixoto e Isabel de Matos Peixoto.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, no período da primeira reorganização do sodalício. Ocupou a cadeira número 29. Em 1930, como presidente do estado, estimulou e apoiou a segunda reorganização da Academia, ocasião em que ocupou a cadeira de número 10 e foi aclamado presidente de honra. Nas duas reorganizações, escolheu como patrono Farias Brito.

Bacharel pela Faculdade de Direito do Ceará, em 1908.

Lecionou no Ginásio Cearense,  no Instituto de Humanidades e foi catedrático de História Natural do Liceu. Passou um curto período no Amazonas, colaborando com a fundação do Ginásio Amazonense. Em 1914, foi nomeado professor de Direito Civil da Faculdade de Direito do Ceará.

Ingressou na política, tendo sido secretário do Interior e Justiça (1924-1928) e eleito presidente do estado (1928-1932), mas foi deposto em 8 de outubro de 1930 pela Revolução de 1930.

Mudando-se para o Rio de Janeiro, montou um escritório de advocacia e foi catedrático de Direito Romano na Faculdade de Direito de Niterói e na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Recebeu o título de professor emérito da Universidade do Brasil.

Registra Raimundo Girão: “Detentor de robusto saber humanístico, especializado em Filologia e no conhecimento do Inglês e do Latim, veio a conceituar-se como civilista e constitucionalista emérito e ganhar renome como advogado.”

Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 26 de janeiro de 1976.

Obras principais: Reforma da Constituição Cearense de 1891 (1924); Aval e outorga uxória; Posse e direitos pessoais; Recurso extraordinário (1935); Curso de Direito Romano (1945, 1950 e 1955); Formulário de processo perante o Conselho de Disciplina; Progresso legislativo pátrio (1953).

Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894.