Nertan Macedo

Posição Ocupante da Cadeira 7
Categories: Cadeira 7, GALERIA DE ACADÊMICOS, Membros, Ocupantes

Nertan Macedo de Alcântara nasceu na cidade do Crato-CE, no dia 20 de maio de 1929.

Filho de Júlio Teixeira de Alcântara e Corina Macedo de Alcântara.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1966, sendo saudado pelo acadêmico Hugo Catunda. Ocupou a cadeira número 7, vaga em decorrência da morte de Mário Linhares, cujo patrono é o jurisconsulto Clóvis Beviláqua.

Foi funcionário do Instituto do Açúcar e do Álcool, assessor do governo do Ceará, diretor do Banco do Estado do Ceará e coordenador-chefe de relações públicas do Ministério da Fazenda.

Jornalista, cronista, teatrólogo, poeta e historiador, exerceu, por anos, a função de redator de vários jornais e revistas de Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro, a saber: “Vanguarda”, “O Jornal”, “Diário da Noite”.

Foi diretor do “Jornal do Comércio”, do Rio de Janeiro. Em Pernambuco, foi redator do “Diário de Pernambuco”, “do Jornal do Comércio” e do “Diário da Noite”. Em Recife,  fundou e manteve o jornal “O Dia”, com a cooperação de Edson Regis e Mario Pinto de Campos. Além disso, foi redator responsável da revista “Indústria & Produtividade”, órgão da Confederação Nacional da Indústria (Rio de Janeiro).

Iniciou suas atividades literárias como poeta publicando em 1944, aos 15 anos de idade, o livro “Poemas de um ginasiano”. Dedicou-se, posteriormente, aos estudos históricos, descrevendo episódios trágicos do nosso sertão.

Nas palavras de Raimundo Girão: “Em sua obra cultural sabe tirar dos fatos mais trágicos dos nossos sertões interpretação segura, em forma de crônica histórica, todas de ótimo sabor literário. Escreve com lealdade e clareza, o que o faz escritor preferido.”

Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 30 de agosto de 1989.

Obras principais: Caderno de poesia (1949); Aspectos do Congresso Brasileiro (1956); Cancioneiro de Lampião(1959); Rosário, rifle e punhal (1960); O padre e a beata (1961); Capitão Virgulino Ferreira, Lampião (1962); Memorial de Vila Nova (1964); O clã dos Inhamuns (1965); O bacamarte dos Mourões (1966); O clã de Santa Quitéria (1967); Antônio Conselheiro (1969); Floro Bartolomeu (o caudilho dos beatos e cangaceiros) (1970); Cinco histórias sangrentas de Lampião (1970); Sinhô Pereira, o comandante de Lampião (1975); Agreste, mata e sertão(1984).

Fonte: MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894.