Pe. Antônio Tomás
Padre Antônio Tomás nasceu na cidade de Acaraú-CE, no dia 14 de setembro de 1868.
Filho do professor Gil Tomás Lourenço e Francisca Laurinda da Frota.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, por ocasião da primeira reorganização do sodalício. Ocupou a cadeira número 40, cujo patrono era Luís de Miranda. Seu nome foi esquecido na segunda reorganização da academia, fazendo parte do grupo de acadêmicos “injustiçados”.
Estudou no Seminário de Fortaleza, tendo sido ordenado padre em 6 de dezembro de 1891. Exerceu o ministério sacerdotal no interior do estado, nas cidades de Trairi e Acaraú.
Poeta, dotado de grande talento, é conhecido nacionalmente em decorrência da publicação de seus sonetos em numerosas antologias. Sua intensa produção poética, entretanto, nunca foi publicada em livros, pois deixou em testamento a proibição de que o fizessem. Em 1924, após um concurso promovido pela revista Ceará Ilustrado, de Demócrito Rocha, foi escolhido Príncipe dos Poetas Cearenses.
Assim registra Raimundo Girão: “Todo esse meio século ele dedicou ao serviço da Igreja em paróquias do sertão, notadamente como vigário de sua terra natal. Poeta espontâneo, senhor de grande imaginação, versejava por uma inelutável imposição do temperamento, trazida do berço. Sem o querer, firmou literariamente um nome que resistirá sem dúvida ao constante desgaste do tempo e da distância. Muitas antologias nacionais se enriquecem de lavores do vate sertanejo, que manejou como poucos no Brasil o soneto decassílabo”.
Faleceu em Fortaleza, no dia 16 de julho de 1941.
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894.