Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza-CE, no dia 17 de novembro de 1910.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994 na ocasião do centenário da Academia. Ocupou a vaga deixada por Moreira Campos, cadeira número 32, cujo patrono é Ulisses Pennafort. Foi saudada pelo então presidente do sodalício, acadêmico Artur Eduardo Benevides.
Fez o curso normal no Colégio Imaculada Conceição, após o qual dedicou-se ao jornalismo.
Colaborou com os jornais cearenses “O Ceará”, “A Jangada” e “O Povo”. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, colaborou com o “Diário de Notícias”, “O Jornal” e “Folha Carioca”. Fez reportagens para a revista “A Cigarra” e, a partir de 1946, passou a redigir a Última Página da revista “O Cruzeiro”, o que a fez, na época, a cronista mais lida do Brasil.
Cronista de inegável valor, foi ao mesmo tempo romancista, contista, ensaísta, teatróloga e tradutora de livros.
Estreou muito jovem na literatura com o livro “O Quinze”, que lhe deu renome nacional e o prêmio da Fundação Graça Aranha, considerado, na época, o mais importante dos meios literários do País.
Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, na cadeira número 5, cujo patrono é Bernardo Guimarães, em 4 de novembro de 1977.
Recebeu os prêmios Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, Jabuti de Literatura Infantil, Nacional de Literatura de Brasília, Juca Pato e o Camões, do Governo de Portugal. Fez parte do Conselho Federal de Cultura e foi delegada do Brasil na 21ª Sessão da Assembleia Geral da ONU.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de novembro de 2003.
Obras principais: O quinze (1930); João Miguel (1932); Caminho de pedras (1937); As três Marias (1939) (prêmio Sociedade Felippe D´Oliveira); A donzela e a Moura Torta(1948); Lampião (1953); A beata Maria do Egito (1957); Cem crônicas escolhidas(1958); Dôra, Doralina (1975); Galo de ouro (1986); Memorial de Maria Moura(1992); Tantos anos (1998), em colaboração com Maria Luíza de Queiroz. No início de sua vida literária adotou o pseudônimo de Rita de Queluz.
Fonte: MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras.