RAIMUNDO DE ARRUDA
Raimundo Leopoldo Coelho de Arruda nasceu em Sobral-CE, no dia 2 de novembro de 1863.
Filho de Vicente Ferreira de Arruda (professor de Latim) e Guilhermina Gomes Coelho de Arruda.
Foi um dos fundadores da Academia Cearense de Letras, embora não tenha comparecido à sessão solene de 15 de agosto de 1894. Na segunda fase do sodalício, ocupou a cadeira número 19, cujo patrono era, à época, o general Tibúrcio. Na reorganização da Academia, em 1930, não foi convidado a dela participar, fazendo parte do denominado grupo dos “injustiçados”.
Diplomou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia, no ano de 1884. Retornando ao Ceará, dedicou-se ao magistério, notabilizando-se pelo conhecimento profundo em assuntos filológicos.
Foi professor de Português, Geografia e Literatura do Liceu do Ceará, onde também foi diretor.
Com a criação da Faculdade Livre de Direito, em 1903, foi dos primeiros cearenses a nela se inscrever, bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais.
Foi deputado estadual em diversas legislaturas. Exerceu os cargos de secretário da Fazenda e chefe de polícia. Escreveu vários discursos e artigos de colaboração em jornais.
Faleceu em Fortaleza, no dia 26 de julho de 1934.
* de acordo com Murilo Martins, a data de falecimento ocorreu em 25 de julho, enquanto Albano Amora e Raimundo Girão mencionam como sendo 26 de julho.
Obras principais: Relatório de secretário interino dos negócios da Justiça (1908); Relatório de chefe de polícia; Plaudite, cives! (discurso) (1915); Medicina e Farmácia (1922).
Fonte: STUDART, Guilherme. Dicionário biobibliográfico cearense. MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. AMORA, Manoel Albano. Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica.