TOMÁS POMPEU
Tomás Pompeu de Souza Brasil Filho nasceu em Fortaleza-CE, no dia 30 de junho de 1852.
Foi um dos fundadores da Academia Cearense de Letras, embora não tenha comparecido à sessão solene de 15 de agosto de 1894. Na reorganização da Academia, em 1922, ocupou a cadeira número 3, cujo patrono era seu pai, o Senador Pompeu. Na reestruturação de 1930, foi escolhido patrono da cadeira 38. Na reorganização de 1951, passou a ser patrono da cadeira 35. Foi o primeiro presidente da ACL, cargo que ocupou pelo período de 21 anos (1894 a 1929).
Filho de Tomás Pompeu de Souza Brasil (Senador Pompeu) e de Felismina Carolina Filgueiras.
Político, jornalista, jurista, professor e economista.
Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1872. Depois de formado, trabalhou no jornal “O Cearense”, junto com o pai senador Pompeu e João Brígido.
Pertenceu à Academia Francesa, junto com Rocha Lima, Capistrano de Abreu e Araripe Júnior.
Nas palavras de Raimundo Girão, Tomás Pompeu “na sua formação cultural soube acumular os mais sólidos conhecimentos humanístico-sócio-fiiosóficos e, afazendo-se aos problemas essenciais de sua terra natal, acerca dos mesmos escreveu alentadas monografias e compêndios. Era, na justa significação do termo, um erudito, um pensador, sobre ser dotado de invulgar capacidade de trabalho. Bem se disse que “foi um sol das nossas letras”, podendo legar à posteridade vasta bibliografia.”
Foi professor da Escola Militar do Ceará, do Liceu do Ceará, da Escola Normal, além de fundador, professor e diretor da Faculdade de Direito do Ceará.
Deputado provincial em três legislaturas sucessivas (1876-1886) e vice-presidente da Província (1889).
Membro do Instituto do Ceará, foi seu presidente no período de 1908 a 1929.
Colaborou nos jornais e revistas “O Cearense”, “Fraternidade”, “Gazeta do Norte”, “Galeria Cearense”, “Revista da Academia Cearense”, “Revista do Instituto do Ceará”.
Faleceu em Fortaleza, no dia 6 de abril de 1929.
Obras principais: Lições de Geografia Geral (1894); O Ceará no começo do século XX (1909); A cultura do algodão (1916); O ensino superior no Brasil (1913); Memória histórica da Faculdade de Direito (1917); O Ceará no Centenário da Independência do Brasil (19 vol., 1922, e 29) (1926); Lições de Direito Constitucional (1914); Direito Público Constitucional (resumo de “Teoria Geral do Direito Público”, 2 volumes, inédito); A cultura do algodão, especialmente no ceará; A maniçoba; Dualidade das Câmaras Legislativas; José Martiniano de Alencar – o homem e o homem de letras.
Fonte: STUDART, Guilherme. Dicionário biobibliográfico cearense. MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos. GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. AMORA, Manoel Albano. Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica.