Vinícius  Antonius Holanda de Barros Leal nasceu na cidade de Baturité-CE, no dia 16 de outubro de 1922.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 10 de maio de 1984, sendo recebido pelo acadêmico Joaryvar Macedo que proferiu a oração intitulada Um historiador na Academia. Ocupou a cadeira número 34, vaga com o desaparecimento de Denizard Macedo, cujo patrono é Samuel Uchoa.

Graduado pela Faculdade de Medicina de Pernambuco (1948), fez curso de especialização em Pediatria no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (1959). Recebeu o título de especialista em Pediatria pela Associação Médica Brasileira e, por cinco anos, fez parte da comissão examinadora da AMB que conferia esse título no Brasil. Foi professor adjunto de Pediatria da Universidade Federal do Ceará, tendo sido chefe do Departamento Materno Infantil pelo período de dois anos.

Exerceu os seguintes cargos: médico da Legião Brasileira de Assistência, diretor do Posto de Saúde da Porangaba, por oito anos, médico legista do estado, médico da Assistência Municipal de Fortaleza e diretor do Asilo de Menores Juvenal de Carvalho (1950/1970). Foi vereador da cidade de Fortaleza, presidente do Centro Médico Cearense, presidente da Sociedade Cearense de Pediatria, da Sociedade Médica São Lucas, mordomo e diretor do Patrimônio da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza.

Grande batalhador no mundo das letras do Ceará, foi colaborador assíduo do jornal “O Povo”, “Unitário” e das revistas “Verdes Mares”, “Itaytera”, “Revista do Instituto do Ceará” e da “Academia Cearense de Letras”. Seu maior interesse recaia sobre os temas de história tendo publicado vários artigos e livros sobre o assunto, principalmente História da Medicina do Ceará. Comentando sobre seu trabalho, Raimundo Girão disse: “É um escritor que não sabe parar”.

Foi membro atuante do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), um dos fundadores da Academia Cearense de Medicina, sócio correspondente do Instituto Histórico do Maranhão, do Instituto Brasileiro de Genealogia, do Instituto Cultural do Cariri e fellow da Academia Americana de Pediatria.

Faleceu em Fortaleza, no dia 13 de abril de 2010.

Obras principais: Os Bezerra de Menezes e origens (1976); História da Medicina do Ceará (prêmio do governo do Estado) (1978); História de Baturité – época colonial (1981); O bumba-meu-boi – uma nova abordagem (prêmio Leonardo Mota) (1982); Os Bezerra de Menezes, em colaboração com Eduardo Bezerra Neto e general Teles Pinheiro (1982); A colonização portuguesa no Ceará (prêmio UFC) (1984); Dom Antônio de Almeida Lustosa, um Discípulo do Mestre – Manso e Humilde; Padre Artur Arredondo – um modelo de Mansidão e Amor a Deus. 

Fonte. MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos.