Academia Cearense De Letras​

A Sede

O Palácio da Luz, sede da Academia Cearense de Letras, “serviu de sede oficial do Governo do Ceará de 1814 até 1970”, conforme registra o livro A Academia Cearense de Letras e o Palácio da Luz, de autoria de José Murilo Martins e Regina Pamplona Fiúza.

Conforme registram os autores citados, no Palácio da Luz “dirigiram os destinos do estado mais de 90 governantes entre capitães-mores do Ceará Colônia, os presidentes da província no período do Império e os presidentes, governadores e interventores nos anos da República.”

Acerca do Palácio da Luz, assim disse Gustavo Barroso: “Ele por si só representa uma peregrinação ao passado.”

Além do Palácio do Governo, ali já funcionou a Biblioteca Pública do Ceará e a Casa de Cultura Raimundo Cela.

Mas foi somente em 1989 que o então presidente da ACL, “acadêmico Cláudio Martins, conseguiu do governador Tasso Jereissati o Palácio da Luz para ser a sede da academia.”

Na gestão do presidente José Augusto Bezerra (2013-2016), o Palácio da Luz foi primorosamente restaurado, tornando-se um belíssimo ponto turístico, um dos símbolos do patrimônio histórico-cultural cearense.

A sede da Academia Cearense de Letras recebe um grande número de visitantes, dentre alunos de escolas e universidades públicas e particulares, pesquisadores, cidadãos fortalezenses e de outros municípios cearenses, turistas e, ainda, ali funcionam diversas academias literárias.

Fonte:
MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras (1894-2009). Fortaleza: Expressão Gráfica, 2009.
MARTINS, José Murilo. FIÚZA. Regina Pamplona. A Academia Cearense de Letras e o Palácio da Luz: história e acadêmicos. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2011.
MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras: história e acadêmicos. Fortaleza: Edições ACL, 2013.

História

A Academia Cearense de Letras foi fundada no dia 15 de Agosto de 1894, em sessão solene realizada no salão nobre da “Fênix Caixeiral”, então com o nome de Academia Cearense.

É a mais antiga de todas as academias de letras do Brasil.

Foi somente a partir de 1922 que passou a se chamar Academia Cearense de Letras.

Conforme ressalva José Murilo Martins, no livro Academia Cearense de Letras, História e Acadêmicos (2013), “os acadêmicos adotaram o lema do Lord Beaconsfield “Forti nihil difficile”.

A história da Academia Cearense de Letras passou por quatro fases:

Na primeira fase, quando ainda utilizava o nome de Academia Cearense, houve uma intensa atividade cultural, abordando temas científicos e literários. As atas das sessões ordinárias e extraordinárias, segundo Murilo Martins, “registravam ocorrências interessantes da vida intelectual do Ceará, do Brasil e do mundo. A leitura das mesmas constitui um verdadeiro passeio na História!”

Na segunda fase, foi feita uma reorganização, no ano de 1922, por iniciativa do então presidente Justiniano de Serpa e de Leonardo Mota, alterando o nome para Academia Cearense de Letras, que passou a ter quarenta vagas e foram criados os nomes dos patronos das cadeiras.

Na terceira fase, no ano de 1930, foi feita outra reorganização, agora “por iniciativa do presidente do estado Matos Peixoto e do acadêmico Valter Pompeu”. Os seus integrantes passaram a ser em caráter efetivo e perpétuo. 

Na quarta fase, ocorrida no ano de 1951, o grupo propulsor “era composto de 38 acadêmicos, sendo dezoito provenientes das reorganizações da ACL de 1922 e 1930, doze da Academia de Letras do Ceará e oito que tomaram posse em 15 de agosto daquele ano.” Note-se que, “nesta reforma alguns acadêmicos passaram para outras cadeiras e houve uma ligeira mudança na composição dos patronos, os quais
continuaram dispostos na ordem alfabética dos primeiros nomes.”

A professora e escritora Angela Gutiérrez, empossada em 30.01.2019, foi a primeira mulher a presidir a Academia Cearense de Letras.

Fonte:
MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras (1894-2009). Fortaleza: Expressão Gráfica, 2009.
MARTINS, José Murilo. FIÚZA. Regina Pamplona. A Academia Cearense de Letras e o Palácio da Luz: história e acadêmicos. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2011.
MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras: história e acadêmicos. Fortaleza: Edições ACL, 2013.

Fundadores

EDUARDO SALGADO

Fundador Acadêmico

Eduardo da Rocha Salgado nasceu em Fortaleza-CE, no dia 20...

JOSÉ DOMINGUES FONTENELE

Fundador Acadêmico

José Domingues Fontenele nasceu na fazenda Cipoal, da cidade de...

ÁLVARO DE ALENCAR

Fundador Acadêmico

Álvaro Gurgel de Alencar nasceu em Icó-CE, no dia 10...

TOMÁS POMPEU

FUNDADOR/PATRONO - Ocupante da Cadeira 3

Tomás Pompeu de Souza Brasil Filho nasceu em Fortaleza-CE, no...

VALDEMIRO CAVALCANTE

Fundador

Valdemiro Cavalcante nasceu em Granja-CE, no dia 26 de janeiro...

JUSTINIANO DE SERPA

FUNDADOR/PATRONO

Justiniano José de Serpa nasceu em Aquiraz-CE, no dia 6...

Patronos

D. JERÔNIMO TOMÉ DA SILVA

Patrono

Dom Jerônimo Tomé da Silva nasceu em Sobral-CE, no dia...

MANUEL SOARES DA SILVA BEZERRA

Patrono

Manoel Soares da Silva Bezerra nasceu na antiga vila do...

SAMUEL UCHOA

Patrono

Samuel Filipe de Sousa Uchoa nasceu na antiga vila do...

VISCONDE DE SABÓIA

Patrono

Vicente Cândido Figueira de Sabóia (Visconde de Sabóia) nasceu na...

SORIANO ALBUQUERQUE

Patrono

Manuel Soriano de Albuquerque nasceu no município de Água Preta-PE,...

TOMÁS POMPEU

FUNDADOR/PATRONO - Ocupante da Cadeira 3

Tomás Pompeu de Souza Brasil Filho nasceu em Fortaleza-CE, no...